[12/02/2008] • 5 comentários


Seria a maresia… talvez… será um cheiro?
Porque é mais que um cheiro: um todo que corrói as paredes, penetra a areia, se pega aos corpos… é um cheiro que se palpa! Tem personalidade! Deixa marcas! Gosto da maresia porque fala do mar, das viagens, do desconhecido num fundo sempre a explorar. E do sal, e do sol. E algas, não esquecer as algas: dão-lhe a fragrância da vida, aquela que faz o cheiro misturar-se em tudo à beira mar: é das algas aquela ânsia da relação, mesmo que corroedo...
Sim, talvez a maresia porque é um cheiro que me faz saudade (às vezes tenho de ir à praia. Abrir a porta do carro. Sair para levar uma baforada de vento e mar na cara… e chega para recuperar o tempero para os tempos mais próximos…).

5 comentários:

Faby disse...

Brilhante!

Sónia disse...

AHHHHHH!
Então aquele cheirinho quando estou ao pé de ti é maresia...
Está bem.

Um sorriso lindo

Paulo Jesus disse...

Quem vai ao mar, vem Outro!
Abraco, Ze salgado

AUGUSTO ASCENSO PASCOAL disse...

Meu caro Zé
Andei por aí, sem tempo para aquilo de que gosto, como, por exemplo, ler os textos do Cenáculo.
Acompanhei à sepultura uma pessoa de família e compreendi mais uma vez como é a morte que dá sentido à vida.
Leio o teu "maresia", deixando que que venham ao de cima tantas reminescências, que temo maltratar o seu conteúdo poético. E depois, verifico por alguns comentários o que tenho aprendido ao longo dos anos em contacto com outros poetas: o discurso conotativo, pela riqueza humana que encerra, é tremendamenet equívoco.
Com muita amizade
AP

Anónimo disse...

Agora sem poesia:
torna-se difícil, cada vez mais difícil, para um ignorante como eu, entrar neste Cenáculo!!!

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