[09/03/2008] • 7 comentários

(é só pedir Abílio...)
No dia de hoje é impossível deixar passar ao largo aquela que é a demosntração de uma "classe", relativamente ao estado português...confesso que muita coisa não sei sobre o assunto...e do que sei, muitas questões me surgem...e tudo ocrre no dia internacional da mulher...Sem querer fazer paralelismos, mas tendo obrigatoriamente de os fazer...e constatando que a maioria dos professores são efectivamente mulhers, não consigo impedir que se acenda uma lampada sobre a minha cabeça, assim como um grito de "Eureka"...Através de um silogismo lógico, porderia dizer...as mulheres dão importância a coisas qu não a merecem...as professoras são maioritariamente mulhers, logo, os professores dão importância a coisas que não a merecem...mas não o farei, não só porque também há professores homens, como se trata, penso eu, de algo que nada tem a ver com ciclos biológicos ou hormonas irasciveis...tenho contudo de constatar, sem margem para duvidas (minhas), que se nota que há dedo feminino em quase tudo...pelo dia escolhido, pela forma de manifestação, pelos argumentos... o que é normal, uma vez que, felizmente, as mulheres são já consideradas uma base importante da sociedade actual...

Como disse, sou um desinformado, mas é impossivel deixar escapar as informações, e alguns debates com amigos, onde ficamos a saber que, na maioria dos casos, os professores dão 20 horas semanais de aulas, o que significa que têm pelo menos meia hora para preparar cada hora, no grosso dos casos, uma hora para preparar outra de trabalho efectivo...foi aumentado a idade de reforma..é mau...mas e a quantas profissões isso aconteceu? ...a todos os funcionários públicos, o que no meu ponto de vista vem colocar alguma ordem nos que não o são, que andaram a tirar dos ossos uma fatia muito importante do PIB, sem o compromisso de ordenado certo e lugar vitalicio...se é do sector privado que está muito mau, o o público que está bom demais, não me parec que seja algo que esteja relacionado com o caso, chamarlhe-ei "etudiante", não sei se é assim que se escreve em italiano, mas que parece uma conspiração mafiosa ao olhos dos sindicatos, lá isso parece...preocupo-me a ida de policias a algumas escolas, para averiguações, confesso, preocupa-me o facto de não haver só uma manisfetação de base singularo-partidária (coisa que me deixou bastante contente, simpatizantes partidários do actual governo a manifestárem-se...afinal ainda há pessoas não vendidas)...preocupa-me o actual estado de ensino..mas quer-me parecer que algumas das queixas dos professores não são justificadas...

Sou a favor da avaliação de professores, se calhar, a não entrar em vigor já este ano, uma vez que ja veio a meio, se foi por professores e escolas enrolarem demais ou calarendarização falhada, já não sei...

Sou a favor da obrigatoriedade de permanencia na escola...até porque obriga a uma melhoria dos recursos desta..

Sou a favor do pagamento das horas extra, SOMENTE se um professor for substituir outro...caso contrário ele está lá é para trabalhar...

Sou contra o envolvimento de unidades de policiamento naquilo que são as demonstrações ou intenções de direitos básicos civis...

Sou contra a forma como a revolta dos docentes está a decorrer...começam a existir faltas de autoridade perante elas, devido a estes não reconhecerem alguma autoridade ao seu patronato...já para não falar no normal decorrer das aulas e escolas, que duvido tenho vindo a ocorrer, apesar de acreditar que os professores tenham feito o máximo para que fossem minimizados danos...

Sou um mero opinante prestes a ser "comido" por este texto...mas por falta de informação, ou idiosincratia a mais...acredito no que defendi...repulso o que neguei...

7 comentários:

Alx disse...

Não foi no dia de hoje, foi ontem, 8 de Março...

Elsa Gonçalves Francisco disse...

... uma das grandes causas que suporta todas as questões que referes é precisamente a ignorância. todos querem dizer alguma coisa, todos se querem sentir bem na opinião que emitem...
parece que agora, o sentimento de grupo entre professores (que Rafa são sobretudo pessoas!- é indiferente se são homens ou mulheres.)faz emitir opiniões do contra!
É necessário fazer mudanças! É necessário mudar mentalidades! É necessário ter firmeza na aplicação da solução (e julgo que isso não vai faltar. Finalmente!)
também é necessário, concerteza, observar pragmáticamente o plano a cada instante e ter a coragem de o reinventar. Para tal que cada professor que sinta essa necessidade, tenha a sapiência e ousadia de ir fazendo as propostas CONSTRUTIVAS em bom português.

entretanto... sentindo-me no centro do alvo vou pensando "Pela boca morre o peixe... ". Mas se também isso tiver de acontecer, que seja pela possibilidade de um ensino mais profissional e dedicado ao qual confierei plenamente os "futuros" que farão o mundo!

Elsa Gonçalves Francisco disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Rafa disse...

Concordo contigo (Elsa) plenamente, quando dizes que toda a gente tem a necessidade de opinar, sobre algo que por vezes, desconhece...eu, tal como toda a gente, não sou diferente...contudo, o pé de vento em que está mergulhada a sociedade nacional do momento, não dá muito espaço à não formação de uma opinião...sei que existe informação, desinformação, e em muitos casos contra-informação...infelizmente somos afectados por todas elas...mas a mim parece-me que se chegou a um patamar surreal, quando numa reportagem de um canal televisivo, vejo no seguimento de uma amostragem do que é um movimento de "luto dos professores", alunos do básico a exigir a demissão da ministra...não é que por outras razões eles não tenham se calhar o direito de o fazer, mas a defesa de uma causa que não é deles, sem, na grande maioria dos casos, a compreender sequer, demosntra que não houve uma diferenciação daquilo que é a causa de um professor, daquilo que é o normal decorrer das actividades lectivas...isso entristece-me...alunos prejudicados, ou canalizados por/para uma causa, que pode até ser nobre...não sou sectário nem obtuso ao ponto de dizer, sumariamente, que não o é...

como é obvio, e se me conheces, sabes que seria incapaz de atribuir a culpa de uma movimentação desta dimensão a um grupo de genes (XX), mas também me vejo na obrigação de constatar que não foi um dia escolhido ao acaso, não seja o dia internacional da mulher um dia de defesa activa de direitos...mas o objectivo era, além de afirmar o que acabei de dizer (não ser um dia ao acaso), picar...e pela tua reacção, consegui :)
mas continuando...
No que toca a "fazer mudanças! É necessário mudar mentalidades! É necessário ter firmeza na aplicação da solução (e julgo que isso não vai faltar. Finalmente)!", não percebi se te referias à acção do estado, se à acção dos professores...eu acredito que é necessário uma decisão forte pelo estado, para uma mediada que NÃO prejudique os professores, antes pelo contrário...que os motive, e acima de tudo que promova uma melhor qualidade de ensino, se passa pela avaliação? ...eu penso que sim...todas as pessoas são avaliadas nas suas profissões, e no meu ponto de vista, acho que é correcto, há que premiar os melhores, principalmente porque quem "ficar" vai estar a criar a base do futuro, com as suas experiencias e motivações...

Como já disse, não sou quadrado, estou aberto a opiniões que me digam ou demosntrem, que a defesa dos professores, e boicote ás novas medidas, está correcto e é necessário, porque na minha optica (a actual), estão a fazer muito barulho e a canalizar forças e atenções socias para algo que se calhar não merece tanta, ou não desta forma...defendo que as medidas de avaliação dos professores devem ser melhoradas, quer a nivel nacional, quer a nivel regional, quer a nível local, quer a nível intra-escolar, e que essa avaliação não deve ser somente anual, mas sim continua, ao longo do percurso de vida do docente...desculpem, mas é necessário afastar os maus professores (com parcas capacidades de ensino, transmissão de motivação e descabidas relações humanas) e chamar ao serviço os professores que se calhar até nem leccionam, mas têm realmete jeito prá coisa...caso contrário, daqui a 20 anos, passaremos pelo mesmo, só que ainda mais radical...

Faby disse...

Caro Rafa, concordo inteiramente contigo. Tenho uma mãe professora, amigos professores, colegas de trabalho professores e eu própria teria muito gosto em desempenhar esse papel, mas acho que desta vez os professores se exaltaram um pouco... Mais, com esta "palhaçada" toda a que temos assistido nas últimas semanas, os professores estão a perder o apoio das outras classes, estão a perder o respeito dos colegas que também são funcionários públicos e que há muito que já são avaliados por um sistema bem mais rigoroso.

Queixam-se porque têm de ter trabalho a fazer os seus próprios objectivos e critérios de avaliação, mas quem me dera a mim ser eu a fazer os meus objectivos e a escolher as áreas em que quero ser avaliada. Queixam-se por serem avaliados por alunos e encarregados de educação por não acreditarem na sua capacidade de avaliação, mas eu como aluna sempre soube avaliar os meus professores. Queixam-se por serem avaliados por colegas de outras disciplinas só porque não fazem parte do mesmo grupo disciplinar ou por colegas maus profissionais, como se todos os outros funcionários públicos e privados fossem avaliados por colegas das mesmas áreas de formação e por colegas competentes. (Eu sou psicóloga e a minha avaliadora é gestora de empresas, áreas bastante menos similares do que a educação visual e musical.) Queixam-se por serem avaliados em função dos resultados dos alunos, mas esquecem-se que é para isso mesmo que lá estão, para obter resultados, para ensinar (se os alunos não aprendem é porque de facto não estão lá a fazer nada!)... e já agora, eu, como todos os outros, também sou avaliada pelos resultados dos meninos que acompanho e nunca me queixei! Mais, tenho que obter resultados em 100% dos casos para ver o meu objectivo cumprido!

Penso mesmo que os professores são os principais responsáveis pelo facto de estarem a perder autoridade. "Quem quer ser respeitado tem de se dar ao respeito!" A maioria dos professores andam a protestar contra um sistema que não conhecem. Perguntamos "mas não concordas com quê?" e respondem "com nada, olha está tudo mal, é tudo!". Não sabem porquê nem se deram ao trabalho de ler a legislação.

Eu acho que os professores têm o direito de discordar, mas em sede própria e contra aquilo que são de facto injustiças... como não serem pagos pelas horas extra, pela anedota que são as aulas de substituição e que ainda por cima não contam como tempo lectivo, por serem obrigados a obter formação profissional para progredirem na carreira mas terem de o fazer em horário pós-laboral, por terem de trabalhar na escola e não terem um gabinete ou um simples computador para trabalhar, por terem de pagar o seu próprio material de trabalho como papel, esferográficas, etc... Agora por serem avaliados??? Os professores que são os avaliadores por excelência? Como psicóloga, parece-me que se os professores estão com medo de serem avaliados injustamente é porque conhecem bem as injustiças que são praticadas nas nossas escolas diariamente. É porque também há alunos que são avaliados injustamente, por maus avaliadores, que não reconhecem as suas qualidades, que não valorizam as suas aprendizagens,... E em nome de uma justa avaliação dos alunos é preciso que haja uma justa avaliação dos professores para os maus sejam melhores, para que os bons sejam reconhecidos...

Só para terminar, não sei porque estão com tanto medo quando de facto a maioria dos professores são muito bons, são profissionais brilahntes, mestres mesmo, servem de inspiração a muitos alunos, apoiam-nos no que diz respeito às suas aprendizagens e às ansiedades próprias da idade, trabalham muito, têm capacidade de sacrifício, fazem horas-extra sem serem pagos, roubam tempo às suas próprias famílias em nome da sua profissão, acreditam em miúdos em que a sociedade (e às vezes os próprios pais!) deixou de acreditar e enchem-nos de futuros e de esperanças. Não abdiquem do respeito que todos temos por vós só porque se pretende implementar um sistema mais justo... porque
não há nada mais injusto e anti-democrático do que bons e maus serem tratados de igual forma, receberem o mesmo e terem acesso aos mesmos cargos.

Elsa Gonçalves Francisco disse...

ora aqui está reflexão com: Satisfaz Plenamente!!!
***

Elsa Gonçalves Francisco disse...

ora aqui está reflexão com: Satisfaz Plenamente!!!
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