[11/03/2008] • 2 comentários

E do que somos feitos? Que Artista se passeia diante de nós, mudo e gritante, ocaso e revelação? O que cedemos e enfrentamos no traçado dos objectivos? Que felicidade nos persuade a palmilhar, contra agruras inomináveis, o caminho de uma Vida?

Pueril ou recorrente, questão certa na nossa vida será: "Depois disto, o que há?"

Mais ou menos articuladas, religiosas ou materiais, venham elas, as respostas, a esta terminal questão.

2 comentários:

Mariana disse...

Olá

Eu decidi responder ao uma das tuas perguntas e não à pergunta central por ainda não ter resposta para tal.

A pergunta escolhida foi: Que felicidade nos persuade a palmilhar, contra agruras inomináveis, o caminho de uma Vida?

No inicio desta semana, quando estava na paragem de autocarro para ir para a faculdade, a ouvir a minha musiquinha no MP3, vem uma miúdinha perguntar-me se também podia ouvir. Fiquei um bocado estupefacta a olhar para ela mas lá lhe cedi um auricular. Teve ali o momento para ouvir música de "crescidos" (se é que há música assim...). Passado um bom tempo de estarmos ligadas pelo mesmo fio, aparece a mãe no seu carro. Até arrancar, acena-me frequentemente da janela como se já fossemos grandes amigas. Ficou no ar a promessa, feita por ela, que no dia seguinte lá estaria com a música e lhe deixaria ouvir.

É final da semana... Não mais sei da menina de dois tótos que queria ouvir da minha música...

Este é um pequeno episódio, delicioso, por sinal, que me marcou . Se, por um lado, agi sem pensar ao dar-lhe os dois auriculares (visto ter-me dito que o outro ouvido não ouvia música...), por outro, deixei-me levar, como há muito não fazia. Aqui noto que o AQUI e AGORA são a minha inspiração... O DEPOIS logo virá

(não sei se respondi à questão...)

Beijinhos

Augusto Ascenso Pascoal disse...

Tenho tanto desejo de dizer como achei delicioso este episódio, que, esquecendo o propósito de desistir, vou tentar mais uma vez vencer as barreiras informáticas que se têm oposto à minha entrada no Cenáculo.
E só para dizer isso mesmo:
É uma delícia, este episódio da paragem do autocarro! Tanto, que me faz sentir saudades do tempo em que esperava assim... já lá vão quase quarenta anos. O problema é que não havia ainda os tais auriculares, e o ar carregado com que transportava a seriedade dos estudos, afastava qualquer inocência desejosa de comunicar. Será por isso que me encantm tanto histórias como esta?
Com muita amizade
AP

Enviar um comentário