[16/10/2012] • 7 comentários

Quando imaginei este espaço (ou comecei a imaginar... porque não sou assim tão perfeito que tudo o que me saia, saia acabado e definitivo...) tinha o sonho de concretizar uma pequena grande tarefa: proporcionar que uma geração (ou várias) com quem trabalhei (ou fiz trabalhar) e a que assisti ao crescimento integral (penso que também com o contributo da Igreja a quem recorríamos como elemento agregador e da Fé que partilhávamos e procurávamos em conjunto) pudesse continuar a encontrar-se a a crescer em conjunto.

Sabendo que os caminhos de cada um foram sendo percorridos das mais diversas maneiras, continuo a acreditar que há espaços que nos fazem falta e que, ironia da vida, só dependem de nós e da nossa capacidade de os concretizar, na certeza que o que experimentámos na nossa diversidade de sentires e seres, sendo a verdade de cada um, supera, e muito, a tentativa cristalizadora que instituições tentam, logo e sobretudo, a partir das chefias porque mais não querem, e ironia das ironias, mais não sabem...

Fugindo das linguagens dúbias e pouco claras, volto a reafirmar que um espaço deste género nos faz falta. Espaço onde se possa escrever. Espaço onde se possa marcar um encontro de poucos ou muitos. Espaço onde se possa ler com cumplicidade. Espaço onde nos possamos inquietar e desinquietar na procura duma fé que nos permita fidelidade a nós e aos tempos em que nos está ser proposto viver...


Se, no passado, os convites para este espaço que é o Cenáculo forma seguindo via email e numa lógica de amigos e conhecidos que se sabiam "activos" chegámos a um tempo em que os meios de divulgação permitem uma outra democratização: com algumas ressalvas e essas são as de ter feito caminho, no passado, em um qualquer Movimento eclesial (ou pena de o não ter feito: sem religiosidade bafienta e de sacristia que se supõe na posse da porção da salvação própria e alheia...), tendo sido capaz de não aceitar a vivência da fé como se de uma cartilha se tratasse, tentando os caminhos não andados que chamam pela verdade de cada um na concretização da sua existência histórica.
Como costumo dizer, vivo há dois anos em Leiria e, até agora, nunca senti que a Igreja me inquietasse ou viesse bater à porta... (posso ser  caso único, tendo em conta a história pessoal e insignificância) mas... há outra gente que valendo bem mais não pode, nem deve ficar refém de amizades místico-gasosas, de vocações vividas já  anacronicamente, de poleiros inquestionáveis, ou de cumplicidades carreiristas e geracionais... para não falar da gestão do pessoal ou dos recursos humanos...
É o que temos... -como alguém dizia noutros tempos.
Por tudo isto e um pouco mais, fiquemos atentos! Mais dia menos dia há-de aparecer convite para nos juntarmos e partilharmos, juntamente com o pão (e outras coisas), o sumo das nossas vidas...


Candidatos?

Digam da vossa justiça...