[29/11/2010] • 2 comentários

A relevância da minha formação cristã nas minhas opções políticas, resume-se ao contributo que estas têm na minha formação... e por consequência em todo o tipo de opções que tome... é uma maneira bastante redutora de responder ao desafio, mas no fundo penso que as condições socioeconómicas do indivíduo e outras condições na sua formação, são mais influentes na formação de um pensamento politico do que propriamente o ser cristão, pelo menos de forma directa...

No entanto, esta questão recorda-me que para mim um partido que tenha católico ou cristão no seu nome, ou que se intitule cristão ou católico sai logo descredibilizado... Primeiro, apesar de concordar que os valores que me caracterizem e que sigo são também de outros cristãos... Isso não faz com que partilhemos os mesmos pensamentos... e que tenhamos a mesma visão do mundo... Ou seja, podemos até ser todos cristão, mas isso não nos enquadra no mesmo espectro ideológico ou político...

Um partido político ou mesmo politico, que se intitule cristão ou afins... quanto a mim poderá cair na tentação de chamar a si votos, não por estimular nas pessoas ideias e ou pensamentos, mas sim apenas uma sensação de segurança... Acho que é em parte usar o nome de Deus em vão... e por isso nunca será verdadeiramente cristão... Também é verdade que muitas vezes não é por ouvir alguém dizer que é cristão... e por saber muito de cristianismos e tudo o mais, que vou confiar... Porque quanto a mim ser cristão é uma questão de actos e atitudes...

No fundo, o que acho que deve ser comum nas nossas opções politicas é a integridade, honestidade, coerência e humildade com que as encaramos.

2 comentários:

Lena disse...

Olá!
Apareço por aqui muito de vez em quando... e raramente escrevo! Peço desculpa! Falha minha! Pouco cristão?!...
De qualquer das formas, no seguimento deste post, e apesar de estar a correr, tenho mesmo de dizer alguma coisa ;)
É que a religião e a política não podem estar ligadas e tal e tal e tudo e coisa, mas... se uma nos traz uma forma de vida, uma forma de estar no mundo e a outra nos organiza a vida e o mundo em que vivemos (ou pelo menos assim o esperamos)... como podem estar de costas voltadas?!
Tomar opções políticas de forma cristã é complicado porque nem sempre os projectos políticos respondem às exigências cristãs... mas devemos sempre lembrar-nos dessas nossas exigências, dessa nossa forma de vida, ao exercermos a nossa cidadania e as nossas escolhas políticas...
Sem querer ferir susceptibilidades... (hum, isto da política e da religião pode ser perigoso, hehe) como posso eu, cristã, defensora da vida humana desde o início da sua existência, escolher um partido que irá viabilizar o seu fim de forma fácil e irresponsável?...
Sermos cristãos não significa que tenhamos de ser iguais e pensar da mesma forma em tudo ou até aprovar os mesmos projectos políticos, porque estes podem ter muitas facetas... mas devemos ser coerentes com os princípios mais fundamentais da nossa fé, também nas nossas escolhas e acções políticas!
... Acho eu...

(já agora, só para esclarecer que não tenho inclinação para qualquer partido político... acho que não faz sentido. Em cada ocasião tento perceber os seus projectos e escolher aqueles que me parecem mais credíveis(?) e benéficos para o país)

:D

Beijinhos e fiquem bem ;)

Zef disse...

Olá Lena!!

Eu concordo com o que disseste... e não te conheço para te tratar por tu desta forma... mas a isto dos blogs dá-me essa liberdade e eu vou fazê-lo...

Eu pergunto-me, em Portugal, apenas um partido defende assumidamente a vida, mas eu não me identifico nos seus dirigentes e nem em muitas das suas políticas. Diria mesmos que algumas das suas bandeiras (como essa), podem até ser só uma forma de se assumirem cristãos...

Eu não sei até que ponto é que devo votar neles. Para mim ser defensor da vida não é condição suficiente para se ser cristão.

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