... (ainda) é motivo de alegria ou começa a ser mais um degrau de uma etapa que começa a ser/tornar-se preocupante!?
Uma outra maneira de perguntar se SER ADULTO é coisa complicada...
Ou, e ainda, se quisermos: a vida que temos foi o que imaginámos nos sonhos de criança?
Entretanto, cumprimentos à Elsa (Austrália), à Fatinha (Bancária), ao Nuno (Dubainiano) e ao Fred (Daniela) que por estes dias ficaram mais adultos...!!!
5 comentários:
Cumprimentos recebidos e acolhidos:)
Cá para mim, fazer anos ainda é motivo de alegria, de celebrar a vida e de me orgulhar daqueles com quem tenho o privilégio de a partilhar, fazer e enriquecer!
ser adulto, é coisa que anda entre o desiquilibrio de ser maravilhoso e complicado. É maravilhoso porque em cada dia podemos sentir a vida a construir-se. É complicado porque as escolhas trazem consequência nem sempre previstas ou então previsíveis e às vezes são catastróficas! Ou talvez não sejam, mas por trazerem alguma frustração, exigem energia extra a refazer o caminho imaginado.
A vida que tenho, não foi a imaginada em criança. Mesmo! E não sei se por não conhecer 1/10 das coisas que conheço hoje, se por ter falhado no que imaginei, se por ter falhado a alcançar o que imaginei.
Se sou feliz com a vida que tenho? Agora? sim! Mas ainda ando a ver como poderei reunir condições para que os próximos dias possam continuar a ser felizes!
Em criança não imaginava que teria de passar este desafio. Isso é verdade. Poderia não o passar? Sim, se me predispusesse a acomodar a condições que não tinham sido as sonhadas em criança. É provável que isso venha a acontecer? É! Mas nessa altura devo ter uma razão para o fazer. Ou talvez o faça por conformismo.
Ser Adulta, para mim está a ser correr riscos consciente das consequências, viver com alguma inquietude constante e sem garantia de vir a saber onde vou estar, o que vou fazer ou com quem me vou cruzar e partilhar a vida! podia definir uma das partes, por opção? Podia!! Seria mais fácil? Se calhar é o que falta! Mas ainda não consigo! E por quê? Ser adulto talvez seja encontrar razões para o fazer. E se assim for, parece que não consegui crescer.
Boa Noite, desculpem a demora na resposta ou no contributo...
Elsa concordo contigo em geral, e acho que o último parágrafo toca em quase tudo o que sinto nesta fase da vida... Porque eu ainda não sou um verdadeiro adulto. Acho que ainda me falta uma boa dose de crescimento/maturidade.
Discordo bastante quando dizes que ser adulto é podermos sentir a vida a construir-se a cada dia. Eu via muito mais facilmente essa construção na minha adolescência, mas a partir de um certo ponto, que eu penso ser a passagem para a vida adulta, a construção é algo que passa a demorar muito mais tempo, sendo necessário uma maior resiliência, e uma convicção mais profunda no que acreditamos.
Sinto que a próxima etapa que quero atingir é saber viver com maior tranquilidade as escolhas que faço, e apreender a esperar pelos resultados destas. Por isto eu não sinto a minha vida a ser construída todos os dias, como desejaria, e por isso desanimo mais facilmente agora, que no passado.
Espero que as coisas estejam bem na Austrália :)
Um dia, tinha eu uns 12 anitos, fui interpelada por três jovens estudantes do ensino superior, em pleno centro de Leiria, para me perguntarem quais as diferenças entre ser adolescente e ser adulto. Na verdade, nessa altura, não fazia a menor ideia do que era isso de ser adolescente... Era uma criança, com todas as virtudes e desvirtudes que isso acarreta, e depois de muito pensar, não consegui dizer nada além de que os adolescentes gostavam mais de praticar desporto. (durante muito tempo censurei-me por não ter sido capaz de dar outra resposta)
Hoje, se me perguntassem qual a diferença entre ser adolescente e adulto, teria novamente dificuldade em responder. Quando era adolescente, imaginava que ser adulto seria uma coisa completamente diferente. Imaginava que ser adulto seria ter segurança, seria ter muitas certezas, seria saber sempre o que dizer, o que fazer, por que optar. Na verdade, hoje não sinto nada disso. Não sei se, porque afinal ser adulto não significa nada disso, se porque na verdade, aos 33 anos, ainda não me sinto verdadeiramente adulta.
Esta não foi definitivamente a vida que idealizei. Ao contrário da Elsa, imaginei que iria ser capaz de correr mais riscos, de ser mais audaz nas minhas escolhas. Imaginei que iria, de facto, ser capaz de mudar um pedacinho do Mundo. Se a vida que tenho me faz feliz? Sim. Gosto da vida que tenho. Mudava algumas coisas, claro, mas aprendi a dar valor a coisas bem diferentes. Sou muito mais acomodada do que alguma vez imaginei, mas sou também muito mais feliz. Posso parecer simplista, mas não me parece hoje que haja nada mais importante do que ser bem tratado e tratar bem, do que ser bem amado e amar bem. E, quanto a isso, sou uma privilegiada!
Quanto aos aniversários. Gosto de anunciar o meu aniversário com mais de uma semana de antecedência, como sempre fiz, às pessoas que estão por perto. Gosto de comemorar os anos. Gosto que me cantem os Parabéns e continuo a emocionar-me com esse momento. Gosto de receber prendas (tanto como gosto de dar), gosto de ser mimada, gosto de receber postais e mensagens, gosto que façam por me agradar... Se calhar, afinal, nunca deixei foi de ser criança!
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