Eu sei que estou em dívida com todos vós... e tenho ouvido atentamente as vossas vozes a reclamar a minha presença neste espaço, o que muito me lisonjeia, por isso resolvi fazer um intervalinho para me dedicar ao nosso tão caro blog. Podia falar-vos do pouco tempo que me sobra depois dos meus dois empregos, do trabalho que é muito (felizmente!), das responsabilidades da vida adulta e da obrigação de cumprir com as tarefas domésticas... mas optei por tentar responder ao desafio que me colocaram há já algum tempo.
Pedem-me que vos conte uma história sobre um dos amigos deste blog e eu tenho de confessar que esta tarefa se afigura como uma das mais difícies. Primeiro, porque quando olho para trás e procuro lembrar-me de pequenos momentos significativos passados num qualquer encontro de MCE, percebo que as minhas recordações remontam a 1994, momento esse em que muitos de vós deveriam andar no jardim de infância ou na escola primária. E, portanto, as histórias de que me lembro passaram-se com outros personagens.
Consigo lembrar-me, por exemplo, do dia em que me acordaram de repente porque um dos elementos que integrava a equipa do pequeno almoço, quando lhe pediram que ligasse o fogão e pusesse o leite a aquecer, fez isso mesmo: ligou o fogão e colocou o pacote de leite a aquecer, ou melhor, a arder. Panela? "Mas ninguém me tinha dito que era para pôr o leite dentro da panela?". Ok. "Mas é preciso!" E eis se não quando, no segundo take, a mesma personagem liga o fogão e coloca o pacote de leite dentro da panela (assim inteirinho, sem abrir o pacote e vazar o leite).
Lembro-me também do arroz esturrado do Caco que todos fizemos um esforço para comer tal era o seu desalento. E lembro-me também do dia em que o Nuno (um outro Nuno), num "assalto ao castelo", caiu de uma altura de dois ou três metros, de noite, em cima de um monte de silvas. Mas a preocupação dele era a traição de que tinha sido alvo por parte do dono do seu coração. Histórias de outros tempos...
Quanto aos personagens que ainda permanecem, vou-vos contar uma pequena história que se passou numa das primeiras noites do Abílio num acampamento do MCE e que remonta a 1997. Era o último dia do acampamento e, escusado será dizer, ninguém estava com vontade de dormir, excepto o Abílio (novato nestas vidas!). Claro que a piada estava precisamente aí, e por isso, tinhamos arranjado motivo para nos entretermos pela noite dentro. Só que o Abílio, prevendo o que o esperava, resolveu esconder-se tão bem escondido que passámos a noite a tentar descobrir onde é que ele se tinha metido. Organizámos grupos, fizemos sinfonias com as panelas e colheres de pau e até inventámos uma canção para o massacrar. Será que algém ainda se lembra? Era qualquer coisa assim: "Oh papão sai de cima do telhado, oh papão deixa o Abílio dormir, oh papão não sejas tão lixado, que amanhã o Abílio quer sorrir!". Passaram horas, e éramos muitos a procurar, e eis se não quando, avistamos, por detrás de um muro muito alto, uma pontinha de qualquer coisa que parecia uma peça de vestuário ou qualquer coisa parecida. Pois é, era mesmo a pontinha do saco de cama do Abílio. E, qual "gato escondido com rabo de fora", o Abílio teve mesmo que se juntar à farra!
E pronto, agora a bola está do teu lado Abílio!
3
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[20/06/2008]
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3 comentários:
Pessoal, a Fabi voltou.
Ainda bem!
xiii!! eu lembro-me dessa musica no meu primeiro acampamento!!! mas nunca mais me consegui lembrar da parte final! brutal!
E melhor ainda... saber a origem dessa musica!
Divinal Fabi!=) obrigada por este momento de recordação em que até uma lagrimazinha da saudade surgiu acompanhada de um mega sorriso! Grande acampamento!*
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