Falar de um Deus que espera é qualquer coisa que transcende o próprio Deus. Transcende, ao contrário. Deus, nem espera, nem espera que. Mas tem paciência, digo eu. E digo mais: tem uma paciência dos diabos. De nós, pobres diabos!
O que se espera é que nós tenhamos a esperança de que Deus nos dê alguma atenção. Mas dar atenção não é próprio de Deus. Amar, sim, que é muito mais que dar atenção. Quando se ama, não se espera por nem se espera que. Quando se ama, vai-se ao encontro de e pronto. E isso faz toda a diferença.
Agora, o que se espera de nós é que saibamos que Deus vem ao nosso encontro e o acolhamos. Acolher é também isso: amar, amar à nossa maneira. Abrir as nossas portas, as portas de quem somos independentemente do que somos. Acolher Deus é sobretudo adorá-lo e amá-lo sobre tudo. É isso que Deus espera de nós? Claro que não! Deus sabe quem somos, não espera que o sejamos.
Mas tem uma paciência dos diabos. Isso tem.
1 comentários:
E nós esperamos de Deus, com a certeza e o sabor da concretização já reais e definidos.
"Pede e serás ouvido".
Deus pede-nos que... Lhe peçamos?
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