Conforme prometido, vou falar acerca do acto de discordar. Concordem ou não, é uma palavra que não gera consensos. Por mim, percebe-se de maneira simples: ou se discorda bem ou se discorda mal. Isto é: há os que discordam porque querem destruir e os que discordam para ajudar a construir. Nalguns dicionários, discordar é "ter opinião oposta à de outra pessoa". O que é sobejamente simplista e perigosa e injustamente redutor. Para todos os efeitos, discordar virá da composição de dois étimos latinos dis+cordare que, à letra, significará "afastar o coração". Penso que se ficarmos por aqui, de certeza que as nossas discordâncias serão sempre destrutivas.
Curiosamente, acontece as pessoas discordarem quando, na verdade, estão a complementar o pensamento uma da outra. As ideias são semelhantes, iguais até, mas os argumentos podem variar ou interpretar-se de forma diferente. Na prática, foi esse tipo de discordância que promovi aqui. Não a da guerra, mas a da busca da verdade ou, se quisermos, de melhor conhecimento. Ao discordarmos damos a nós próprios a possibilidade de encontramos novas razões que, a serem partilhadas, poderão passar a ser também as razões de quem discordamos.
2 comentários:
Se bem percebi: o que queres dizer é que apesar de sermos todos muito amigos, não nos faz mal nenhum entrarmos em desacordo de quando em vez. MAis próximos da verdade ficamos, com mais argumentos. E acabamos por crescer um pouco mais... Muito. Correcto?
Tu queres amigos ou sacos de boxe??? (Agora estou a ser fiel ao teu desafio..)
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