Faço um parêntesis no desafio do Ostógio, para fazer uma pequena chamada de atenção para uma pessoa que, (agora na Mariapolis Celeste), não é do conhecimento da maior parte mas uma grande parte de nós a ela deve bastante (pelo menos aqueles que conseguiram aprender, trabalhar e celebrar, ao longo dos anos, alguma coisa comigo: e eu sei, passe a modéstia, que foram muitos...). Não exagerarei se disser que foi dos maiores mestres na minha espiritualidade (ela e o seu Movimento) o que é dizer que a ela também devo uma parte do bom que há em mim.
Deixo um pequeno texto (dos seus escritos espirituais).
Enorme para mim. E para tantos outros.
Agradecidos a Chiara Lubich.
Eis a grande atracção do tempo moderno;
atingir a mais alta contemplação
e manter-se misturado com todos,
ombro a ombro.
Diria mais:perder-se no meio da multidão,
Diria mais:perder-se no meio da multidão,
para impregná-la do divino,
como se ensopa
um naco de pão no vinho.
Diria mais: partícipes dos desígnios de Deus
sobre a humanidade,
traçar sobre a multidão recamos de luz e,
ao mesmo tempo,
dividir com o próximo
a injúria, a fome, os golpes, as alegrias fugazes.
Porque a atracção do nosso, como de todos os tempos,
é o que de mais humano e mais divino
se possa pensar: Jesus e Maria:
o Verbo de Deus, filho de um carpinteiro;
a Sede da Sabedoria, mãe de família.
3 comentários:
Caro Alx, queria deixar aqui duas linhas para te dizer o qanto aprecio a tua hoemnagem a Chiara: por ela , bem entendido. Também ela foi, desde o tempo em que a conheci, ainda antes de conhecer o seu "Movimento de Maria", uma figura senpre a engrandecer na galeria das minhas admirações.
Mas eu aprecio a tua homenagem também porque acho absolutamente necessário que, num mundo em que o vedetismo ocupa todos os grandes espaços da comunicação social, se fale dos que fizeram realmente alguma coisa para que a humanidade se torne melhor e consequentemente mais feliz.
Aquele abraço
AP
E agora, com mais calma, gostaria de dizer também duas palavras sobre "A grande atracção". Segundo me parece, o conteúdo dste pequeno texto, típico das beves e profundas reflexões de Chiara - que os Focolarinos me perdoem se erro - diz-nos que também ela, como outros grandes fundadores do século XX, intuiu o verdadeiro alcance do que viria a ser solenemente declarado pelo Vaticano II: isto é, que todos os cistãos são chamados à perfeição da caridade, ou seja, a serem santos, fermento que transforma o mundo por dentro, aproximando-o cada vez mais do projecto divino da criação.
E esta ideia de estar no mundo, mergulhado nele, sem se confundir com as contrafacções do mesmo mundo, faz-me lembrar a insistência com que São Josemaria Escrivá dizia que o cristão não tem por que dialogar com o mundo, já que ele próprio é o mundo salvando-se e salvando.
Agradeço a Deus a sorte e a felicidade de ter conhecido estes e outros crentes que perceberam de forma tão vital a súplica de Jesus, momentos antes de ser preso: "Não te peço que os retires do mundo, mas que os livres do Maligno" (Jo 17,15).
Nem por acaso, em altura da semana santa e de muitos terem ido para Taizé, aqui fica uma notícia com que me deparei no site da comunidade:
http://www.taize.fr/pt_article6595.html
Beijos
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