Este fim de semana fui passear à livraria com a namorada e peguei num livro intitulado "Os próximos 50 anos", uma especulação sobre a evolução científica na primeira metade
do século XXI. Sou atraído por estes temas pelo que rapidamente peguei e folheei. Falava de diversos assuntos, desde as teorias existentes que aguardam ansiosamente por tecnologia que as possa validar ou refutar, passando por questões relacionadas com a genética e saúde humanas, até à inteligência artificial.
Foram algumas palavras sobre esse assunto que me cativaram a atenção. O artigo em questão dissertava algo semelhante ao que se segue, e que tento recuperar dos vapores da minha volátil memória.
Nunca se aprendeu na escola tanta e tão variada informação como nos dias de hoje. Mas temos sempre a sensação que no nosso tempo é que era! Que os estudantes de agora não sabem nada.. Quando surgiram as primeiras calculadoras electrónicas, as pessoas consideraram a possibilidade de as começar a utilizar na escola. Efectivamente, isso permitiu que se retirassem dos exames as contas de dividir, para que os alunos se pudessem debruçar sobre problemas mais elaborados.
Antigamente (para variáveis definições de "antigo" :-)), o método de ensino consistia em trazer um mestre à presença dos alunos. O mestre debitaria toda a informação que possuía, e os alunos limitavam-se a apontar o tudo que podiam, e tentando armazenar a preciosa instrução recebida. Depois disso, os alunos seríam avaliados pela percentagem de informação que conseguíssem decorar antes do exame. O professor elaboraria as perguntas, e os alunos respondê-las-íam no teste.
Na era da ubiquídade, a informação estará (já está?) presente e acessível em todo o lado. Gratuitamente. No futuro, até as paredes saberão responder a perguntas. No futuro, os alunos não deveríam ser avaliados pelas respostas que dão. Essas, caberá às máquinas dá-las. Antes sim, deveríam ser avaliados pelas questões que colocarem!
Posto isto, houve outro pensamento que me atormentou um pouco. Está na natureza do Homem menosprezar as coisas que são fáceis de adquirir. Se eu consigo algo com pouco esforço, para que hei-de me dar ao incómodo de o tentar poupar, guardar, coleccionar, saber. Pois é, o Conhecimento está a entrar nessa categoria de coisas. É tão fácil clicar no "I'm feeling lucky"...
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[25/02/2008]
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2 comentários:
Ao ler o teu artigo lembrei-me do Alvin Tofler. E daquilo que ouvia dizer dele. Reconheço que nunca li nenhuma obra dele completa, mas nos meus tempos de jovem estudante estava muito em voga "A Terceira Vaga".
Deixo uma ligação. Entretanto se alguém leu o livro, ou outros dele, poderá dizer algo mais...
(http://www.janelanaweb.com/manageme/toffler.html)
Eu li! :) E não foi assim há tanto tempo!Cadeiras de Antropologia e Ciências Sociais é o que dá! Vou preparar um apanhado de algumas ideias que se destacam e depois "posto".
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