[21/02/2008] • 3 comentários


Posição de escuta. Mão na cara. Óculos, já tortos. A sorrir. Melhor, a pensar numa piada "seca". Vestido de azul ou outra cor qualquer mas, à la carte, na medida dos €'s dispossíveis. Cabelo bem grande, às vezes, como agora, bem pequeno. Coração a arder e de ideias. Ar de inquietação e de preocupação por cada pessoa que encontra.
Por outras palavras, pareço estar aqui, mas também posso estar noutro lugar qualquer. A fazer recordar aquela frase de Torga:
"Que insondável mistério é um ser humano! (...) Por mim falo. Converso, escrevo páginas maciças de confissão, actuo, pareço transparente. E quem um dia quiser saber o que fui, terá de me adivinhar…"

3 comentários:

[adriana oliveira] disse...

“Deveria isto bastar,
dizer de alguém como se chama e esperar o resto da vida para saber quem é...

... se alguma vez o saberemos,
pois ser não é ter sido, ter sido não é será...

... mas outro é o costume,
quem foram os seus pais, onde nasceu, que idade tem,
e com isto se julga ficar a saber mais, e às vezes tudo."

"Memorial do Convento"
José Saramago

Ana disse...

Eu cá não sei... mas penso que os óculos foram dos que ficaram mais direitinhos no teu auto-retrato! :)

(Tou a brincar contigo - por falta de talento, nem me atrevo a tentar fazer coisa semelhante com o paint, logo não posso criticar verdadeiramente o talento dos outros! :) )

Rafa disse...

confesso que a primeira coisa que me veio à cabeça foi o "planeta dos macacos" :)
mas é bom saber que a inquietação, desde que seja a saudavel, continua :)

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