O homem-concha já é um clássico, mas gosto de o relembrar.
O homem-concha vive na seu pequeno mundo vermelho. Este é feito à sua medida, mais ninguém ali cabe. Materialização de um egoísmo e não saber estar com mais ninguém que não ele.
Não contente em não se partilhar, ainda ocupa espaço que não lhe pertence. Ou que poderia pertencer, se a concha não existisse. Impõe-se assim no espaço dos outros, sem pedir permissão.
Mas no fundo, ainda não percebi o grau da sua culpa. A sua carapaça apenas possui uma pequena abertura para o mundo exterior; é-lhe impossível abarcar mais do que lhe é dado imediatamente, à frente dos seus olhos.
Acho que ele tem uma saída, mas ainda não se apercebeu...
Obrigada, Vasco e Elsa!
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comentários
[05/02/2008]
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11 comentários:
Confesso que desconhecia este "clássico", mas tá brutal :)
Mas...será que é ele que tem uma saída, ou são os restantes que nemsequer querem tentar uma "entrada" no seu mundo egoista?
já agora...aquelas pernitas dependuradas providas de uma pelagem que parece uma marmota são do Zef?
Muito bom!
ahahaha!! quase :) são do vasco baião, que tem ido a taizé connosco. hmmm, acho que não lhe vou dar o site do blog nos próximos tempos :)
sim, pode ser que os outros nem tentem entrar no seu mundo. pode ser que fiquem demasiado ofuscados pelo vermelho da concha e nem sequer se apercebam que há uma possível "zona de encontro".
A abertura está lá, agora alguém tem que fazer o primeiro gesto.
mais questões, por favor! :)
Não conhecia. Ups.
"Acho que ele tem uma saída, mas ainda não se apercebeu..."
Se não se apercebeu, não pode existir para ele. Talvez isso seja o pior da vida. Desconhecermos o que temos (e somos, por acréscimo) porque o ignoramos.
Talvez por isso, sempre e mais que tudo procuro-me nos amigos: pois eles são sempre um factor de encontro (e sempre novo) com eles e comigo próprio.
Por outras palavras: criar cumplicidades é o segredo!!!
o que me foste lembrar!!!
que fim-de-semana aquele!
tanto para dizer (ou não, a algumas pessoas), tanto choro, tantas caras feias feitas à câmara manifestando a vontade de nos despirmos da concha e nos entregarmos na cumplicidade de quem estava e queria estar feliz!
toda a verdade, agachadas no chão querendo que o tempo parasse e o outro dia ficasse sempre como o futuro. tanta vontade de viver o presente e querer explicar o passado!
Foi um fim de semana lindissimo em que voces me surpreenderam, em que percebi que me tinhas conquistado(Bolas!) e que eu não era só eu, mas era-o contigo, também!
sim! e tudo isto faz muito sentido! e todo aquele tempo foi de muita emoção atribulada e precisar de ser arrumadinha!!
e andar de baloiço foi bom e perceber que a vida esta nas nossas mãos e "conchas" também!
obrigada, Laura pela inquietação!
p.s: pobre Vasco, que andou assim, com temperaturas na ordem dos 0 graus pelos jardins de salamanca! fez furor.
"sou eu que estou atrás da concha"
acho que faz sentido!
oh, criar cumplicidades, abílio, sim! que saudades dessa espontaneidade, que me parece fugir...
elsa, obrigada pelo choro bonito e só nosso (cumplicidade, sim). obrigada pela participação neste projecto, que ainda hoje gosto de recordar, principalmente pelas pessoas que conseguiu envolver.
é engraçado, sempre que começo a construir a minha concha, vocês surgem para conhecer o que tenho (e o que sou, ou fui, não sei, ou vou sendo.
espero que a minha, que vai existindo aqui e ali, seja amarela!
um beijo especial para ti, elsa.
obrigada, querida fabi! um beijo
e eu não mereço 1 beijito
é só a Elsa e a Fabi!!???
sim, claro!! mas já está assumido à partida que de cada vez que falo contigo te mando um beijo e um abraço forte. ainda ganhaste um abraço, vês? :)
sim, este homem concha passou algum frio mas nenhum membro foi amputado. Pelo que fico muito contente de continuar a ter os meus pézinhos.
Laura obrigado, mas continuo a não por a laranja onde bem te apetece :-P
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